segunda-feira, 25 de abril de 2011


“JÁ NÃO EXISTEM MAIS CRISTÃOS COMO ANTIGAMENTE”?



Ao ver como os cristãos desta geração vivem o cristianismo, os mais antigos costumam dizer: “Já não existem mais cristãos como antigamente”. O tom predominante dessa afirmação é que os cristãos de antigamente é que viviam o cristianismo da maneira correta; que os mais novos desviaram, decaíram do padrão verdadeiro e mais excelente de vida cristã. A perspectiva é desanimadora; a esperança com os cristãos desta geração já não existe. A solução, segundo dizem, seria a maneira antiga de viver a vida cristã. Mas será essa a conclusão definitiva sobre esta geração? Está tudo perdido a não ser que retornem ao estilo antigo?
O que dizer das novas exigências do mercado? Como lidar com o trânsito intenso de informações fluindo de todas para todas as direções? Com a internet? Com a política do nosso país? Com o crescimento da fome? Com a pressão da vida acadêmica? Com a nova liberdade sexual? Com a pedofilia, a pornografia, o homossexualismo, o erotismo e a propaganda sensual? Billy Graham afirmou que ler revistas e jornais nos leva a pensar que praticamente prestamos culto ao seio feminino. O ambiente em que esta geração nasceu e vive já não é nada parecido com os de outrora. Deve haver uma maneira de viver a vida cristã que corresponda com o mundo atual sem diluir a essência do cristianismo. Aqui neste ponto, a resposta que se deve aos que não vêem outra solução a não ser o retorno ao que é antigo é a mesma que o pastor Ed René Kivitz deu aos que dizem que já não se fazem mais pastores como antigamente, em seu livro Quebrando Paradigmas: “Compreendi que é certo que não se fazem mais pastores como antigamente, justamente pelo fato de que já não se fazem mais pastores para antigamente” (negrito meu).
É para tentarmos algumas alternativas viáveis de vida cristã que corresponda com a cultura atual que surgiu a idéia do tema COMO SER CRISTÃO NA PÓS-MODERNIDADE. Quais são os princípios inegociáveis, que não podem ser deixados à troco do hedonismo, do secularismo, do pragmatismo e do consumismo? Quais são os elementos saudáveis próprios do ensinamento bíblico para os cristãos de todas as gerações, e como eles podem ser contextualizados? E, quais são os novos fatores que devem ser integrados na discussão e no modus vivendi dos cristãos desta geração, sobretudo dos jovens? O nosso alvo é oferecer alternativas cristãs às questões da nossa geração (política, meio-ambiente, comunicação, mídia, tecnologia, etc) sem que firam ao que é imprescindível à Igreja do nosso Senhor Jesus. O certo é que não podemos viver alheio à questões como estas e não sermos culpados por negligência. A vida cristã não está encerrada nas quatro paredes dos templos, nas celebrações dominicais, na função dos líderes, na oração e leitura da bíblia, nos ministérios eclesiásticos e nos retiros “espirituais”. O sacrifício que agrada a Deus é a totalidade da vida consagrada para a honra e a glória de Deus e felicidade dos homens.
O objeto mais específico deste tema é uma avaliação dos novos compromissos em pauta na agenda cristã e a proposição de alternativas para uma integração saudável dos cristãos do século XXI com a cultura do século XXI, de modo que a vida cristã continue no propósito imutável de ser para a glória de Deus.
E o que o meu voto, o que faço na internet, a música que ouço, o esporte que pratico, a maneira como exerço minha profissão ou o lixo que jogo na rua tem a ver com a glória de Deus? Esperamos que as alternativas aqui propostas possam contribuir para responder à esta indagação.
A partir da semana que vem (02/05). Comunique aos seus amigos.

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